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Born from Knowledge Award

O recetor biológico Spα como agente terapêutico contra a infeção e sépsis na COVID-19

Em vários tipos de infeções, e sobretudo em pessoas com a imunidade debilitada ou comprometida, o sistema imune pode reagir desproporcionadamente, de tal forma que a resposta inflamatória desencadeada torna-se incontrolável e provoca mais danos do que o agente infeccioso propriamente dito. A sépsis é precisamente o termo mais generalizado para estas inflamações sistémicas severas e que se pode tornar particularmente fatal depois de se passar o estadio em que as terapias antimicrobianas (antibióticos, antivirais, etc.) pudessem surtir algum efeito. No caso da COVID-19, a sépsis é, talvez mais do que a insuficiência respiratória, a manifestação mais frequente em pacientes hospitalizados com infeção por SARS-CoV-2, sendo por exemplo a única complicação que afetou 100% de todos os não sobreviventes em Wuhan.
Uma vez que ainda não existe nenhuma terapia totalmente eficaz contra a sépsis, o grupo de investigação responsável pelo projeto tem-se centrado no desenvolvimento de uma terapia utilizando uma proteína natural humana, designada Spα, que combina duas características medicinais muito relevantes: um grande espetro antimicrobiano e propriedades anti-inflamatórias muito significativas. Esta terapia pretende atacar não a causa, mas sim a consequência da infeção por SARS-CoV-2. Tem a grande vantagem de, sendo eficaz, poder vir a ser utilizada como terapia para quaisquer surtos futuros provocados por novos vírus ou outros agentes patogénicos por enquanto ainda desconhecidos.

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