COVID-19 e disfunção tiroideia: identificação precoce e acompanhamento
COMO:
Tendo como base estudos feitos com SARS-CoV-1, em que indivíduos infetados apresentaram hipotiroidismo, coloca-se a hipótese de o SARS-CoV-2 conduzir também a uma disfunção tiroideia e a eventual impacto a longo prazo na qualidade de vida dos doentes recuperados. Pretende-se perceber se as células da tiroide são suscetíveis à infeção por SARS-CoV-2, induzindo lesões celulares que resultam em hipotiroidismo. A equipa internacional responsável por este projeto propõe-se a seguir doentes recuperados de COVID-19 e avaliar os níveis de T3, T4, TSH e calcitonina (hormonas segregadas pela tiroide) para determinar se há alguma indicação de disfunção. As amostras permitirão avaliar a expressão do recetor ACE2, já demonstrado ser altamente expresso na tiroide, e a presença de partículas virais, ou seja, estabelecer se as células da tiroide são diretamente infetadas pelo vírus. Este projeto pretende ainda estudar alterações tecidulares e celulares com vista à caracterização da resposta imune.
QUEM: Paula Soares, coordenadora do grupo Cancer Signalling & Metabolism
PARCERIA: Centro Hospitalar Universitário de São João; Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte; FMUP; Hospital de São Paulo
A RETER: tiroide; infeção e imunidade; doentes recuperados
PARA OUVIR: Projeto avalia impacto da COVID-19 na glândula tiróide